sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Morre a Cantora Cláudia Barroso

Morreu hoje em Fortaleza, aos 83 anos de idade, a cantora e compositora mineira Amélia Rocha Barroso, conhecida profissionalmente por Cláudia Barroso e cognominada “Rainha da música brega”.
Foi vítima de problemas respiratórios no Hospital Regional da Unimed, onde estava interna ha semanas.

O velório está ocorrendo no Cemitério Jardim Metropolitano, no Eusébio, onde ocorrerá o sepultamento no domingo.

Perdeu o pai tragicamente aos sete anos de idade o que fez com que sua mãe e mais quatro filhos se mudassem para Santo Antônio de Pádua, Rio de Janeiro.

Há anos que Cláudia Barroso residia em Fortaleza, mais precisamente em Messejana e sempre fazia suas apresentações no sudeste, com shows no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Casou-se aos 15 anos de idade mas logo separou-se.

Iniciou sua carreira nos anos 1960 apresentando-se em programas de calouros, sendo contratada pela Rádio Nacional após conquistar o primeiro lugar no programa de Renato Murce.

O primeiro disco que gravou foi um 78 rotações da Odeon, o 14.785 de fevereiro de 1962 com “Fica comigo esta noite”, samba canção de Adelino Moreira e Nelson Gonçalves e “Não, eu não vou ter saudade”, rock balada de Michel Vaucaire e Charles Dumont em versão de Romeu Nunes. Seguiu-se “Prisioneira”, tango de Bolinha e Luizinho, onde ela canta em dueto com Luiz Carlos, disco Orion R-97 de julho de 1962.



Em 1971 lançou pela Continental o LP “Cláudia Barroso”, que trazia três faixas de sua autoria: “Quando você errar”, “Quem mandou você errar” e “A vida é mesmo assim”.
Cláudia Barroso teve um romance com o cantor baiano Eurípedes Waldik Soriano e participou como jurada em alguns programas de televisão como o “Programa Sílvio Santos” (na época na Globo) e “A buzina do Chacrinha”.

Cláudia Barroso nascera em Ipirapitinga, Minas Gerais em 23 de abril de 1932.

Fonte: www.facebook.com/miguelnirez.azevedo

sábado, 3 de outubro de 2015

Dez anos sem Emilinha Borba

Assim, se passaram Dez anos... Quem conhece um dos maiores sucessos de Emilinha Borba sabe que essa primeira fala cai bem com o dia de hoje. Daí, já se vai uma década sem a maior Rainha do Rádio - ou a segunda maior, segundo o cordão dos "marlenistas". 

Emília Savana da Silva Borba, nasceu no Bairro da Mangueira, na cidade do Rio de Janeiro em 31 de agosto de 1923. Era filha de Eugênio Jordão da Silva Borba e Edith da Silva Borba.

Ainda menina e contrariando um pouco a vontade de sua mãe, apresentava-se em diversos programas de auditório e de calouros. Ganhou seu primeiro prêmio, aos 14 anos, na "Hora Juvenil", da Rádio Cruzeiro do Sul. Cantou também no programa "Calouros de Ary Barroso", obtendo a nota máxima ao interpretar "O X do Problema", de Noel Rosa. Logo depois, começou a fazer parte dos coros das gravações da Columbia.

Formou, na mesma época, uma dupla com Bidú Reis, chamada As Moreninhas. A Dupla se apresentou em várias rádios, durante cerca de um ano e meio. Logo depois, a dupla gravou para a "Discoteca Infantil" um disco em 78 RPM com a música "A História da Baratinha", numa adaptação de João de Barro. Desfeita a dupla, Emilinha passou a cantar sozinha e foi logo contratada pela Rádio Mayrink Veiga, recebendo de César Ladeira o slogan "Garota Grau Dez".

Em 1939 foi convidada por João de Barro para participar da gravação da marcha Pirulito cantada por Nilton Paz, sendo que no disco seu nome não foi creditado, apenas o do cantor.

                                                                                  Em março do mesmo ano grava, pela Columbia e com o nome de Emília Borba, seu primeiro disco solo em 78 RPM, com acompanhamento de Benedito Lacerda e seu conjunto, com o o samba-choro Faça o mesmo, de Antônio Nássara e Eratóstenes Frazão e o samba Ninguém escapa de Eratóstenes Frazão. Em 2003, após 22 anos sem gravar um trabalho só seu, a Favorita da Marinha lançou o CD "Emilinha Pinta e Borba", com participações de diversos cantores como Cauby Peixoto, Marlene, Ney Matogrosso, Luís Airão, Emílio Santiago, entre outros, vendendo este de forma bem popular, na Cinelândia, em contato com o público, assim como Eliana Pittman e Agnaldo Timóteo e, também lançou no início de 2005, o CD "Na Banca da Folia", para o carnaval do mesmo ano, com a participação do cantor Luiz Henrique na primeira faixa - Carnaval Naval da Favorita e de MC Serginho na quinta faixa, Marcha-Funk da Eguinha Pocotó, conforme informa o site Cantoras do Brasil.

Emilinha continuou fazendo espetáculos pelo Brasil inteiro, tendo marcado presença, nos seus três últimos anos de vida, em vários estados brasileiros como Pernambuco, Ceará, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Bahia.

Morreu na tarde do dia 3 de outubro de 2005 de infarto fulminante, enquanto almoçava em seu apartamento no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, aos 82 anos.

Fonte: Wikipedia

Centenário do Cantor das Multidões

Há exatos 100 anos nascia um dos maiores ícones da Música Popular Brasileira, Orlando Garcia da Silva, ou simplesmente Orlando Silva.

Considerado como um dos Quatro Grandes da Velha Guarda (junto com Francisco Alves, Carlos Galhardo e Sílvio Caldas), podemos dizer que o Orlando é o primeiro cantor de sucesso em massa, que teve numa feliz coincidência com o início da popularização dos programas de rádio no Brasil.

Orlando Silva nasceu num 3 de outubro de 1915, no Engenho de Dentro (rua General Clarindo, hoje rua Augusta), subúrbio do Rio de Janeiro. Seu pai, José Celestino da Silva, era violonista e participou com Pixinguinha de serenatas, peixadas e feijoadas. Orlando viveu por três anos neste ambiente, quando, então, seu pai faleceu vítima da gripe espanhola.

Teve uma infância normal, sempre gostando muito de violão. Na adolescência já era fã de Carlos Galhardo e Francisco Alves, este último um dos responsáveis por seu sucesso. Seu primeiro emprego foi de estafeta da Western, com o salário de 3,50 cruzeiros por dia. Foi então para o comércio e trabalhou como sapateiro, vendedor de tecidos e roupas e trocador de ônibus. Quando desempenhava as funções de office boy, ao saltar de um bonde para entregar uma encomenda, sofreu um acidente, tendo um de seus pés parcialmente amputado, ficando um ano inativo, problema sério, já que sustentava a família.

Foi Bororó, conforme o próprio relata no filme O cantor das multidões que o apresentou a Francisco Alves, que ouviu Orlando cantar no interior de seu carro, decidindo imediatamente lançá-lo em seu programa na rádio Cajuti. Nos seis ou sete anos seguintes, tornou-se um grande sucesso, considerado por muitos a mais bela voz do Brasil, contando inclusive com a estima do próprio presidente Getúlio Vargas. Atraía os fãs de tal forma que o locutor Oduvaldo Cozzi passou a apresentá-lo como "o cantor das multidões", conforme relata no filme com o mesmo nome.

Como muitos cantores, envolveu-se no mundo das drogas ou, como dizia-se na época, "com tóxicos". É possível que estas tenham entrado na vida de Orlando quando, recuperando-se de dolorosa cirurgia nos dentes, ele recorreu aos mesmos derivados de morfina que o haviam aliviado quando operou o pé. 

Uma passagem digna de nota diz respeito a uma das composições de Herivelto Martins, "Apogeu", gravada pelo Francisco Alves: "Depois que você está no apogeu, esqueceu do maior amigo seu. Mas se você fracassar, pode me procurar porque, o pouquinho que tenho chega também pra você", aludindo o afastamento de Orlando do círculo de amigos próximos, sem saberem que era decorrente das drogas e não de orgulho.

O próprio Orlando disse que fez escola situando sua voz entre a do Chico Alves que "tinha voz mas não tinha interpretação" e a do Sílvio Caldas que "tinha interpretação, mas não tinha voz". Seguindo a "tradição" dos grandes cantores brasileiros, caiu no ostracismo, sendo seu último LP de linha o "Orlando Silva, Hoje".

Fonte; Wikipedia
            http://www1.folha.uol.com.br/