terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Retrospectiva 2014 - Cantores e Artistas que nos Deixaram

Mais uma vez deixamos nossa homenagem aos grandes vultos do passado que nos legaram suas vozes e suas composições, joias que poderão ser apreciadas pelas futuras gerações.

JANEIRO:



Dia 5 - Nelson Ned (1947-2014): "O pequeno gigante da canção", apelido que recebeu por seu 1m12 de altura, se consagrou na década de 60 como uma das vozes românticas mais famosas do Brasil. O sucesso internacional veio com a gravação de vários discos em espanhol. Ídolo em países como Argentina, México e Colômbia, entre outros, Nelson Ned enfrentava problemas de saúde há vários anos, que se agravaram em 2003, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC).  Como consequência do AVC, o intérprete de "Tudo Passará" perdeu a visão de um olho e precisava se locomover com a ajuda de uma cadeira de rodas, além de enfrentar diabetes, hipertensão arterial e o diagnóstico de Mal de Alzheimer em fase inicial. Ned se converteu nos anos 90 à religião evangélica e, desde então, interpretava com sucesso músicas gospel, também em português e espanhol.

FEVEREIRO:



Dia 10 - Virgínia Lane (1920-2014): Nascida Virginia Giacone em 1920, no Flamengo, Virgínia chegou a cursar o primeiro ano de Direito - mas a atração pelos palcos falaria mais alto. Atração que ela desenvolveu desde cedo, na Escola de Bailados do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde estudou com a lendária Maria Olenewa. Virgínia seguiu se apresentando no teatro até o início dos anos 2000. Sua última aparição foi na novela Belíssima, em 2006, na qual participou de homenagem feita a diversas divas do rádio.

MAIO:



Dia 5 - Rinaldo Calheiros (1926-2014): Estreou na Rádio Poty de Natal, cidade onde consolidou sua carreira, sendo considerado o astro galã daquela rádio. Em 1951 passou a atuar como vocal no Trio Acaiaca, juntamente com Chico Elion no violão e João Juvanklin no acordeom. Em 1955 gravou seu primeiro disco, pela Mocambo, interpretando "Se eu fracassar", de Chico Elion. No ano seguinte gravou o samba "Se eu fracassar" e o samba canção Ranchinho de paia, de Chico Elion, e o bolero Minha inspiração, de William Leon e Sílvia Silva. Ao que parece, estava afastado da vida artística.

JUNHO:



Dia 13 - Marlene (1922-2014): Nasceu Victória Bonaiutti de Martino na capital paulista, no bairro da Bela Vista, conhecido reduto de ítalo-brasileiros. Seus pais eram italianos, e Victória Bonaiutti de Martino era a mais nova de três filhas. Ela herdou o nome do pai, que morreu sete dias antes de seu nascimento.

JULHO:



Dia 09 - Danúbio Barbosa Lima (1921-2014), último integrante dos Trigêmeos Vocalistas: Os Vocalistas Tropicais foram um conjunto vocal e instrumental brasileiro formado em Fortaleza, Ceará, em 1941. O grupo teve várias formações até se definir, em 1946, com os seguintes componentes: os fortalezenses Nilo Xavier da Mota (*1922), líder, violão e arranjos; Raimundo Evandro Jataí de Sousa (*1926), vocal, viola americana e arranjos; Artur Oliveira (*1922), vocal e percussão; Danúbio Barbosa Lima (*1921), percussão; e o recifense Arlindo Borges (*1921), vocal e violão solo. O grupo se desfez em 1963 por não ter mais espaço na mídia, como tantos outros artistas, deixando 49 discos em 78 rpm nas gravadoras Odeon, Copacabana e Continental.



Dia 31 - Zé Menezes (1921-2014): Cognominado "O Músico dos Mil Instrumentos", Zé Menezes foi diretor musical na Rede Globo, onde ingressou na década de 70. Ele é autor, entre várias trilhas sonoras e consagradas, do tema de abertura de Os Trapalhões e de vinhetas como do Chico City e Viva o Gordo. Nascido em Jardim, cidade no interior do Ceará, começou a se interessar pela música ainda na infância. Ganhou fama no pequeno município apelidado por Zé do Cavaquinho quando tinha apenas 9 anos. Um ano antes foi convidado pelo maestro Arlindo Cruz para tocar profissionalmente em um cinema de Juazeiro. Com mais de 80 anos, já nos anos 2000, Zé Menezes lançou o projeto ‘Zé Menezes – Autoral’, que contemplava a gravação de três CDs e o registro em CD-Room de seus acervo digitalizado, incluindo partituras e suas composições.

AGOSTO:



Dia 01 - Roberto Paiva (1921-2014): Roberto Paiva nasceu em 8 de fevereiro de 1921, no Rio de Janeiro, e por lá mesmo foi criado. Teve uma atuação muito discreta na música brasileira, e era considerado um cantor correto, por isso mesmo tão procurado pelos compositores. Em 1956, sua correção é atestada no histórico LP original “Orfeu da Conceição”, com músicas iniciais de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Também estava afastado da vida artística.

SETEMBRO:



Dia 07 - Miltinho (1928-2014): Nas décadas de 40 integrou diversos grupos vocais: Cancioneiros do Luar, Namorados da Lua, Anjos do Inferno (que chegou a viajar aos Estados Unidos acompanhando Carmen Miranda), Quatro Ases e Um Coringa, Milionários do Ritmo. Em 1960 lançou seu primeiro disco solo, "Um Novo Astro", iniciando uma carreira de enorme sucesso no início da década, marcada pela sua voz anasalada, afeita aos sambas de teleco-teco e às canções românticas. O sambista também animou carnavais com marchinhas como "Nós os carecas". No aniversário de 70 anos, em 1998, lançou o CD "Miltinho Convida", com elenco de alguns de seus aprendizes confessos, como João Nogueira, João Bosco, Luiz Melodia, Chico Buarque, entre outros. Já gravou também com Zeca Pagodinho, Elza Soares, Martinho da Vila, Ed Motta e Mariana Baltar. Como intérprete, lançou João Nogueira e Luiz Ayrão.

NOVEMBRO:



Dia 04 - Aldemar Paiva (1925-2014): Na capital pernambucana, abraçou a vida artística e ganhou fama. Começou a carreira na Rádio Clube de Pernambuco, onde foi produtor, apresentador e diretor, substituindo Chico Anysio. Também atuou como jornalista, poeta, escritor, humorista, ator e compositor, com mais de setenta músicas escritas. Entre as mais conhecidas está "Frevo de Saudade". No rádio, apresentou o programa "Pernambuco, Você é Meu", que começou no início da década de 1950 e foi líder de audiência durante 25 anos. Os primeiros 18 anos do programa foram na Rádio Clube; depois, na Rádio Jornal. Na televisão, atuou na TV Tupi, TV jornal e participou como produtor e ator dos programas "Som Brasil", "Praça da Alegria" e "Chico City", da Rede Globo.




Dia 26 - Clemilda (1936-2014): Sua carreira tomou impulso com os freqüentes shows que fazia em Sergipe, onde vive há mais de duas décadas, sempre acompanhada pelo marido. Após 1994, com a morte do companheiro, a forrozeira-mor — carinhosamente conhecida como "Rainha do Forró" — afastou-se dos shows e há algum tempo vem se dedicando à apresentação do “Forró no Asfalto”, na TV Aperipê de Aracaju, programa há mais tempo no ar da emissora (do qual esteve meses afastada em virtude de complicações com um AVC e da osteoporose).

DEZEMBRO:



Dia 24 - Nerize Paiva (1932-2014): Não noticiamos seu falecimento, mas não deixaríamos de registrar também sua passagem por aqui. Pernambucana, foi cantora do cast da Rádio jornal do Commercio. Nerise Paiva se apresentou inúmeras vezes nos programas de auditório da Rádio Difusora de Pesqueira nos anos 50 e 60. Era o tipo de cantora que levantava a plateia pela a animação. Os apresentadores a chamavam de A BOMBA ATÔMICA DO NORDESTE.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Forró Perde o Talento de Clemilda

Faleceu no dia 26 de novembro último, aos 78 anos, em Aracaju (SE), devido a complicações de um derrame cerebral e pneumonia a cantora e forrozeira Clemilda.



Nascida em São José da Laje, Cremilda passou a infância e a adolescência em Palmeira dos Índios, Zona da Mata de Alagoas. No começo da década de 1960 decide viajar para o Rio de Janeiro para "tentar a sorte", onde então consegue emprego como garçonete. Até então ainda não havia descoberto o dom artístico que tinha. 

Em 1965, consegue cantar pela primeira vez na Rádio Mayrink Veiga no programa "Crepúsculo sertanejo", dirigido por Raimundo Nobre de Almeida, que apresentava profissionais e calouros. Nessa ocasião, conhece o sanfoneiro Gerson Filho, contratado da gravadora e também alagoano como ela, que popularizou o fole de oito baixos e já era artista com disco gravado. Com ele Clemilda viria a se casar. Fez algumas participações em dois LPs do esposo, e a partir de 1967 começou a gravar seu próprio disco.


Sua carreira tomou impulso com os freqüentes shows que fazia em Sergipe, onde vive há mais de duas décadas, sempre acompanhada pelo marido. Após 1994, com a morte do companheiro, a forrozeira-mor — carinhosamente conhecida como "Rainha do Forró" — afastou-se dos shows e há algum tempo vem se dedicando à apresentação do “Forró no Asfalto”, na TV Aperipê de Aracaju, programa há mais tempo no ar da emissora (do qual esteve meses afastada em virtude de complicações com um AVC e da osteoporose).

Foi sepultada no Cemitério São João Batista em Aracaju reunindo centenas de pessoas.

Fonte: Wikipedia